Tirando a Limpo: Computação em Nuvem e Virtualização | ||||||
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Introdução | ||||||
A era da Internet está atingindo a aurora de um novo tempo, onde tudo pode ser acessado para além das limitações físicas do seu computador. A Internet atual oferece muitos serviços prontos para fornecer conteúdo de maneira instantânea. Ao investigar como todos esses serviços são hospedados, você descobrirá que sempre há alguma menção à “nuvem”. Na verdade, ao observar muitos dos serviços nos dias de hoje, você perceberá que a "nuvem" desempenha um papel importante no fornecimento de conteúdo a uma ampla gama de pessoas. A característica mais importante entre aquelas que beneficiam os usuários finais é que todo o conteúdo é sincronizado em conjunto em múltiplas plataformas – seja no PC, telefone celular ou tablet. No entanto, por mais emocionante que tudo isso possa ser, essa “nuvem” não é exatamente nova; trata-se de mais um chavão para reacender o interesse na tecnologia existente. |
Virtualização
Outro chavão popular usado no reino da computação, ainda que desatualizado, é “virtualização”. O termo se referia originalmente ao uso de uma máquina virtual, onde o software host criaria uma experiência de computador simulado que poderia ser acessado remotamente, utilizando os recursos de outro sistema.
Esse esquema foi usado pela primeira vez pela IBM para aproveitar os sistemas de grande porte que projetavam na década de 1960. Ao dividir os recursos em máquinas virtuais lógicas individuais, era possível executar vários aplicativos ao mesmo tempo e maximizar a eficiência. Eventualmente, esse uso eficiente de recursos levou ao formato “cliente/servidor”, que prevaleceu em muitos aplicativos na década de 1990, no qual um sistema centralizado armazenava dados importantes em um ambiente muito organizado e seguro. Tornou-se prática comum para as empresas integrar essa tecnologia a suas infraestruturas.
Um exemplo mais moderno de virtualização seria o recurso de Acesso Remoto no Windows XP, onde uma pessoa pode controlar seu PC de outro local para ajudar a solucionar problemas. No entanto, houve uma perda significativa de desempenho no lado de acesso remoto, ao mesmo tempo em que as falhas de segurança proporcionaram potenciais sequestros hostis de PC por vírus e outros malwares.
A virtualização ainda ocupa um espaço no mundo da informática, mas a computação em nuvem está se apropriando de todos os seus principais benefícios e oferecendo-os em um modelo de fornecimento baseado na Internet que é muito mais robusto e facilita muito mais as coisas para os usuários.
Sem Pistas Sobre a Nuvem
Um estudo de mercado recente mostrou que cerca de 22% dos consumidores norte-americanos conhecem o termo “computação em nuvem”, mas 76% dessas mesmas pessoas usavam serviços que se promovem ativamente como parte da nuvem.
Quais são os aplicativos que essas pessoas usam? Para começar, serviços de email baseados na Web como o Hotmail, o Yahoo! e o Gmail. Serviços de email baseados na Web existem há bastante tempo e foi uma das primeiras formas de computação em nuvem prontamente disponíveis – todo o conteúdo é armazenado fora do seu computador e é acessível em qualquer lugar.
Os aplicativos de computação em nuvem são hospedados em servidores que qualquer pessoa pode acessar remotamente. Esses servidores são dedicados ao aplicativo específico e são mantidos e atualizados sem a necessidade de configurações no lado do cliente. O cliente acessa uma interface básica no front-end enquanto a nuvem (ou servidor) executa todos os softwares no back-end. O servidor pode administrar permissões ou conjuntos de regras (protocolos) com base no cliente. Isso desempenha um papel importante em serviços baseados em assinatura e em como as diferentes contas são manipuladas.
Computadores e smartphones tornaram-se uma necessidade para as empresas e, agora, os dados podem ser compartilhados e sincronizados para se obter uma melhor organização. Os funcionários não precisam mais instalar componentes individuais – eles podem fazer login em um servidor e acessar todos os seus emails, aplicativos e dados de qualquer local. O Google Docs também é uma forma popular e em crescimento de computação em nuvem, pois não é necessário instalar softwares em seu computador e os dados são perfeitamente sincronizados com celulares Android.
Mesmo as opções de entretenimento se beneficiam dessa nova integração. Você pode carregar e transmitir seus filmes e programas de TV favoritos do Hulu ou Netflix sem a necessidade de seguir um cronograma de programação, mas, diferente de um gravador de vídeo digital, você também pode assisti-los de qualquer dispositivo móvel. Novos serviços de música como o Google Music, o Spotify e o Turntable.fm oferecem aos usuários uma nova maneira de acessar bibliotecas e criar seus próprios canais de rádio personalizados para compartilhar em mídias sociais. As possibilidades são infinitas; serviços adicionais surgem constantemente para tirar proveito de todo o estardalhaço em torno da "nuvem".
O Outro Lado
Uma das maiores críticas a alguns serviços pagos de computação em nuvem é que os dados não são realmente de propriedade do usuário, mas sim alugados e acessados com base no status de assinante nos servidores host. Nem todos os serviços são gratuitos e os modelos de preços são necessários para facilitar os custos associados com hospedagem offsite, o que, por sua vez, sincroniza os dados com muito mais eficácia. Levando em consideração o efeito que a pirataria teve sobre o setor do entretenimento, a computação em nuvem parece ser uma maneira infalível de manter conteúdo acessível sem as dores de cabeça do gerenciamento de direitos digitais, que assolou as tentativas anteriores de evitar a pirataria.
Dependendo do seu posicionamento quanto a questões de segurança, talvez você não goste que o seu conteúdo seja potencialmente monitorado e acompanhado. E, ainda mais importantes potenciais abusos ou explorações do sistema também deixam o conteúdo vulnerável a bloqueios – ou pior, roubos –, o que torna muito inconveniente para os clientes acessar dados pelos quais pagaram de maneira legítima. Além disso, os serviços de Internet precisam ser rápidos e estáveis o suficiente para fornecer esse conteúdo aos usuários – algo ainda indisponível em muitas partes do mundo (incluindo zonas rurais dos EUA).
A maior desvantagem pode ser o preço desses serviços. Grandes corporações tendem a se beneficiar dessa estrutura, porque podem pagar o quanto for necessário para acomodar sua infraestrutura. Os usuários finais podem se sentir um pouco abandonados, porque pagam taxas de assinatura padrão que poderiam ultrapassar seu modelo de uso, mas, com o surgimento de uma grande variedade de opções de pagamento e serviços, em longo prazo isso pode deixar de ser um problema.
Conclusão
Não fique apreensivo: a computação em nuvem é uma embalagem nova em folha para serviços baseados na Web que já estão disponíveis há algum tempo.
A verdadeira razão pela qual as empresas se escondem por trás do chavão é que, embora a tecnologia seja fascinante e nos proporcione uma nova maneira de aproveitar todo nosso conteúdo, ela também tem sido usada como uma maneira para os criadores de conteúdo administrem melhor sua propriedade intelectual.
No entanto, não deixe que isso o impeça de tirar proveito dos serviços reais que estão sendo comercializados. Aproveitar novo conteúdo instantaneamente é o futuro da tecnologia e dará início a novas formas de experiências mais personalizadas.